sempre gostei de contar histórias, tanto falando (e gesticulando) como escritas.
depois descorbi que as palavras às vezes não dão conta de dizer tudo e passei a contar histórias através das pinturas.
a trajetória que percorri em São Paulo é cheia de histórias que me marcaram, cada uma à sua maneira. E os bairros são parte desta narrativa.
percebi que a cada mudança de casa que fazia, saía uma Lila diferente da que entrou, eu que cada lugar contribuiu para as mudanças. Ao falar sobre a representação de bairros com os amigos, descobri que esta á uma verdade unuversal: somos produto do nosso meio de verdade! Então os bairros pintados por mim também têm a capacidade de contar histórias vividas por outras pessoas.
os bairros devem estar nas nossas paredes para que nos lembremos daqueles momentos transformadores (e muitas vezes íntimos) que vivemos em determinados momento e lugar.
são a memória que tem tanto a dizer sem utilizar sequer uma palavra.